domingo, 7 de agosto de 2011

Anos Dourados

Que fase! Não tenho conseguido vir aqui e confesso que as vezes esqueço que tenho esse blog. Isso é chato, pois aqui é o meu território para extravasar os meus sentimentos... mas enfim, tantas coisas...

Semana que vem viajarei a trabalho e para uma terra aonde vivi a história de amor mais bonita da minha vida. Agora que está ficando perto as lembranças vem mais fortes. Mas são só lembranças, nada mais! A chance de um reencontro é mínima. Nossos destinos desencontraram, mas ainda assim sou grata pelo o que senti...

A música "Anos Dourados" de Tom Jobim e Chico Buarque ilustra bem como estou me sentindo agora em relação a essa história. 

"Parece que dizes
Te amo, Maria
Na fotografia
Estamos felizes
Te ligo afobada
E deixo confissões
No gravador
Vai ser engraçado
Se tens um novo amor
Me vejo ao teu lado
Te amo?
Não lembro
Parece dezembro
De um ano dourado
Parece bolero
Te quero, te quero
Dizer que não quero
Teus beijos nunca mais
Teus beijos nunca mais
Não sei se eu ainda
Te esqueço de fato
No nosso retrato
Pareço tão linda
Te ligo ofegante
E digo confusões no gravador
É desconcertante
Rever um grande amor
Meus olhos molhados
Insanos, dezembros
Mas quando me lembro
São anos dourados
Ainda te quero
Bolero, nossos versos são banais
Mas como eu espero
Teus beijos nunca mais
Teus beijos nunca mais"



terça-feira, 28 de junho de 2011

"É preciso estar distraído e não esperando nada. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado."

Caio Fernando de Abreu

quarta-feira, 18 de maio de 2011

É o que eu quero!

"Lá vem, lá vem, lá vem de novo...
Acho que estou gostando de alguém.
E é de ti que não me esquecerei..."

Giz - Legião Urbana


domingo, 15 de maio de 2011

"Quando Assim"

Depois de um longo tempo sem postar nada aqui (por pura falta de tempo) segue abaixo a letra e um vídeo de uma música linda de uma amiga querida.


Quando eu era espera nada era
Nem chovia, nem fazia...
Só sentir que a calma, não acalma
Quando só há solidão.
Quando eu era estrela era inteira
Na mentira que eu dizia.
Ser o que não era
Convencia dentro da minha ilusão.
Quando eu fui nada, faltou nada
Tudo pronto pra escrever...
Eu não sabia buscar
Foi quando apareceu
O que quis inventar
Pra preencher o meu mundo particular
No peito que era seu
No seu mundo não há
Mais nada que não eu
Já sei dizer que o amor pode acordar.

Núria Mallena




sexta-feira, 11 de março de 2011

De Repente... 30!



O post de hoje tem o mesmo título da comédia romântica "De Repente... 30!" (2004) e tem a ver comigo. No final deste mês completarei 30 anos e parece que foi ontem que eu era uma adolescente cheia de questionamentos, idéias revolucionárias e utópicas...

Muitas coisas que planejei viver nesse período estão acontecendo. Confesso que tenho ficado receosa com certos assuntos, pois será nessa (minha) década que terei filho/s e talvez case. Isso me causa frio na barriga, mas ao mesmo tempo é bom...

Pesquisando na internet sobre mulheres de 30, descobri Honoré de Balzac, escritor francês que influenciou escritores como Dickens, Dostoyevsky e Machado de Assis. Há mais de 150 anos ele publicou o livro  "A Mulher de Trinta Anos" e num fragmento ele escreveu que "...Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o vestido. (…) Entre elas duas há a distância incomensurável que vai do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de não sê-lo, nada pode satisfazer..."

Sempre disse que a minha melhor fase seria entre os 30 e os 40 anos. Farei o possível para que realmente seja!

Um brinde a vida!

Ana Carolina

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Quem quiser gostar de mim eu sou assim...

"Tenho a vida doida
Encabeço o mundo
Sou ariano torto
Vivo de amor profundo
Sou perecível ao tempo
Vivo por um segundo
Perdoa meu amor
Esse nobre vagabundo
(...)
Se tu foges o tempo
Logo traz ansiedade
Respirar o amor
Aspirando liberdade."

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Da Chegada do Amor



Sempre quis um amor
que falasse
que soubesse o que sentisse.


Sempre quis uma amor que elaborasse
Que quando dormisse
ressonasse confiança
no sopro do sono
e trouxesse beijo
no clarão da amanhecice.


Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse.
Sempre quis uma meninice
entre menino e senhor
uma cachorrice
onde tanto pudesse a sem-vergonhice
do macho
quanto a sabedoria do sabedor.


Sempre quis um amor cujo
BOM DIA!
morasse na eternidade de encadear os tempos:
passado presente futuro
coisa da mesma embocadura
sabor da mesma golada.


Sempre quis um amor de goleadas
cuja rede complexa
do pano de fundo dos seres
não assustasse.


Sempre quis um amor
que não se incomodasse
quando a poesia da cama me levasse.

Sempre quis um amor
que não se chateasse
diante das diferenças.


Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulho
e a outra metade é o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observar
o desenho
do invólucro e compará-lo
com a calma da alma
o seu conteúdo.


Contudo
sempre quis um amor
que me coubesse futuro
e me alternasse em menina e adulto
que ora eu fosse o fácil, o sério
e ora um doce mistério
que ora eu fosse medo-asneira
e ora eu fosse brincadeira
ultra-sonografia do furor,
sempre quis um amor
que sem tensa-corrida-de ocorresse.


Sempre quis um amor
que acontecesse
sem esforço
sem medo da inspiração
por ele acabar.


Sempre quis um amor
de abafar,
(não o caso)
mas cuja demora de ocaso
estivesse imensamente
nas nossas mãos.


Sem senãos.


Sempre quis um amor
com definição de quero
sem o lero-lero da falsa sedução.


Eu sempre disse não
à constituição dos séculos
que diz que o "garantido" amor
é a sua negação.


Sempre quis um amor
que gozasse
e que pouco antes
de chegar a esse céu
se anunciasse.


Sempre quis um amor
que vivesse a felicidade
sem reclamar dela ou disso.


Sempre quis um amor não omisso
e que suas estórias me contasse.

Ah, eu sempre quis uma amor que amasse.
 
Elisa Lucinda

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Tudo Sobre Você


"Por que em tão pouco tempo
Faz tanto tempo que eu te queria."



Tudo Sobre Você - Zélia Duncan

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Ele é racional demais!

Ouça seu coração, por favor

"...Rodo mil histórias na minha cabeça
Daqui a 10 minutos talvez eu enlouqueça
Enlouqueça...
Fora
Seu silêncio me devora
Algo diz pra eu ir embora
Não entendo os seus sinais
(...)
Quando resolver ligar
Posso não te querer mais
(...)
Vejo que a vida me prestou esse favor
Me fez sempre pronta pra viver um novo amor
Um novo amor..."


Ana Carolina - 10 Minutos

Se...


"...Se não sabe
Se afaste
De mim
Se ainda cabe
Me abrace
Enfim..."

Nando Reis - Luz Antiga

Diálogo com Tito


Ana:

      - Vou passar uns dias reclusa em mim mesma.

Tito:

      - Incorpore a si mesmo... se tiver que chorar ... deixe a lágrima deslizar sobre a face desiludida momentaneamente... feche os olhos... e imagine flutuar ... não tenha medo de cair ... terás algo ou exatamente alguém pra lhe guiar lá no alto ... e até mesmo ... um lenço fazer de leve o toque amigo...na verdade não é se prender e sim libertar-se num alvará de soltura de seus mais singelos e íntimos pensamentos... mas, lembre sempre que o AMANHÃ ainda existe para todos que nele acreditar... o hoje ... nesse exato instante ANA já deixa de ser menos hoje para se tornar ... num som de Ogã - um rufar de atabaque logo cedo - anunciando um novo canto no ponto da manhã!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

"Uma Aprendizagem ou O Livros dos Prazeres"

Comecei o ano lendo um livro de Clarice Lispector. Tantas leituras técnicas pra fazer e eu me perdendo e me encontrando dentro de um romance.

Já li o fragmento abaixo "trocentas" vezes. Pobres de nós.

"Ulisses ouvira de testa franzida . E depois dissera:

_ (...) Eu não digo que eu tenha muito, mas tenho ainda a procura intensa e uma esperança violenta. Não esta sua voz baixa e doce. E eu não choro, se for preciso um dia eu grito. Lóri. Estou em plena luta e muito mais perto do que se chama de pobre vitória humana do que você, mas é vitória. Eu já poderia ter você com o meu corpo e a minha alma. Esperarei nem que sejam anos que você também tenha corpo-alma para amar. Nós ainda somos moços, podemos perder algum tempo sem perder a vida inteira. Mas olhe para todos ao seu redor e veja o que temos feito de nós e a isso considerado vitória nossa de cada dia.
Não temos amado, acima de todas as coisas. Não temos aceito o que não se entende porque não queremos passar por tolos. Temos amontoado coisas e segurança por não nos termos um ao outro. Não temos nenhuma alegria que já não tenha sido catalogada. Temos construído catedrais e ficado do lado de fora, pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas. Não nos temos entregues a nós mesmos pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos. Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo. Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda. Temos procurado nos salvar mas sem usar a palavra salvação para não nos envergonharmos de ser inocentes. Não temos usado a palavra amor para não termos de reconhecer sua contextura de ódio, de amor, de ciúme e de tantos outros contraditórios. Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar nossa vida possível. Muitos de nós fazem arte por não saber como é a outra coisa. Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada. Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos no que realmente importa. Falar no que realmente importa é considerado uma gafe. Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de nos lembrarmos a tempo dos falsos deuses. Não temos sido puros e ingênuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer “ pelo menos não fui tolo” e assim não ficarmos perplexos antes de apagar a luz. Temos sorrido em público do que não sorriríamos quando ficássemos sozinhos. Temos chamado de fraqueza a nossa candura. Temo-nos temido um ao outro, acima de tudo. E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia. Mas eu escapei disso, Lóri, escapei com a ferocidade com que se escapa da peste, Lóri, e esperarei até você também estar mais pronta.”

Clarice Lispector. Uma aprendizagem ou o Livro dos prazeres. ed. Nova Fronteira, 1980. p.48-49

sábado, 1 de janeiro de 2011

"O que a vida quer da gente é coragem! É com essa coragem que vou governar o Brasil. Mas mulher não governa só com coragem governa, também, com carinho.(...) 

(...)A valorização da mulher valoriza a sociedade e melhora a democracia."

Fragmentos do 1º Discurso da Presidenta Dilma Rousseff.



A letra abaixo na minha opinião é perfeita pra ilustrar a trajetória da nossa Presidenta.
Estou muito feliz!

Apesar de Você

Amanhã vai ser outro dia.

Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não.
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão
Viu?
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão

Apesar de você
amanhã há de ser outro dia
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar

Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido,
Esse grito contido,
Esse samba no escuro

Você que inventou a tristeza
Ora tenha a fineza
de "desinventar"
Você vai pagar, e é dobrado,
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar

Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Ainda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
E esse dia há de vir
antes do que você pensa
Apesar de você

Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia

Como vai se explicar
Vendo o céu clarear, de repente,
Impunemente?
Como vai abafar
Nosso coro a cantar,
Na sua frente.
Apesar de você

Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Você vai se dar mal, etc e tal,
La, laiá, la laiá, la laiá??

Chico Buarque



Tudo Novo De Novo




Ganhamos da vida mais um ano!
Ganhamos da vida mais história: Dilma Rousseff tomou posse como a 1ª Presidenta do Brasil.
Que venha 2011!


"Vamos começar
Colocando um ponto final
Pelo menos já é um sinal
De que tudo na vida tem fim


Vamos acordar
Hoje tem um sol diferente no céu
Gargalhando no seu carrossel
Gritando nada é tão triste assim

É tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos


Vamos celebrar
Nossa própria maneira de ser
Essa luz que acabou de nascer
Quando aquela de trás apagou
(...)"

Paulinho Moska