quinta-feira, 29 de julho de 2010

Secret

 Nós dois temos
Os mesmos defeitos
Sabemos tudo
A nosso respeito
Somos suspeitos
De um crime perfeito
Mas crimes perfeitos
Não deixam suspeitos...
 
(Pra Ser Sincero - Engenheiros do Hawai)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Como ela é?


- Ela É assim ! Pronto.
- Mas Como assim? Explica !

- Ela é assim um mix de tudo que se possa imaginar dentro de uma grande capacidade de apenas não ser nada em definitivo. Ela é aquilo que não consegue se encaixar em moldes pré-existentes, parece que ninguém nunca foi antes dela. Ela se incomoda com isso, às vezes, muito. Ela é cheia de sentimentos, parece que suas experiências se manifestam é no dorso do seu colo, e quase sempre, de vez em quando, tudo isso pesa. Mas não tem modo, não existe maneira que a faça ser diferente. E ainda, graças a Deus, ela é diferente. Algo que pesa e que tem o dom da leveza, algo que chora e que se manifesta em sorrisos, algo de forte, mas que se desmancha quando encontra a água.' .

Clarice Lispector

Prudência


Há ocasiões que é mil vezes preferível fazer de menos que fazer de mais, entrega-se o assunto ao governamento da sensibilidade, ela, melhor que a inteligência racional, saberá proceder segundo o que mais convenha à perfeição dos instantes seguintes.

(José Saramago)

terça-feira, 27 de julho de 2010

Pertencer

Tenho certeza de que, no berço, a minha primeira vontade foi a de pertencer. Por motivos que aqui não importam, eu de algum modo devia estar sentindo que não pertencia a nada nem a ninguém. Nasci de graça. Se no berço experimentei essa fome humana, ela continua a me acompanhar pela vida afora, como se fosse um destino. A ponto de meu coração se contrair de inveja e desejo quando vejo uma freira: ela pertence a Deus ( ... ) Quem sabe se comecei a escrever tão cedo na vida porque, escrevendo, pelo menos eu pertencia um pouco a mim mesma.

Clarice Lispector

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Fim de semana

Resumo o meu fim de semana no vídeo abaixo. Toda intensidade de um perfeito jazz de Coltrane...

sábado, 24 de julho de 2010

Dono da Minha Cabeça

Dono da minha cabeça ele vem como um carnaval
E toda paixão recomeça, ele é bonito, é demais
Não há um porto seguro, futuro também não há
Mas faz tanta diferença quando ele dança, dança


Eu digo e ele não acredita, ele é bonito demais
Eu digo e ele não acredita, ele é bonito, bonito
Digo e ele não acredita, ele é bonito demais
Eu digo e ele não acredita, ele é bonito, é bonito


Dono da minha cabeça quero tanto lhe ver chegar
Quero saciar minha sede milhões de vezes, milhões de vezes

Na força dessa beleza é que eu sinto firmeza e paz
Por isso nunca desapareça
Nunca me esqueça, eu não te esqueço jamais

Eu digo e ele não acredita, ele é bonito demais
Eu digo e ele não acredita, ele é bonito, bonito
Digo e ele não acredita, ele é bonito demais
Eu digo e ele não acredita, ele é bonito, é bonito

Geraldo Azevedo



quinta-feira, 22 de julho de 2010

EIR

Dia 20/julho/2010, dia da Amizade e dia memorável pra mim. Estava em Brasília, no Palácio Itamaraty, com minha mãe e irmã assistindo o Presidente Lula sancionar o Estatuto da Igualdade Racial. Foi um momento ímpar que ficará para sempre guardado em minha memória.

Hoje estava explicando (de forma romântica) para minha sobrinha que tem 9 anos o que significou estar em Brasília antes de ontem. Eu disse à ela que somos todos filhos de Deus, logo, todos irmãos, por isso devemos ser tratados com igualdade. Aí ela me indagou: "- Ô tia se somos todos irmãos, pq precisamos de uma lei pra isso?". Respondi dizendo que nem todos os irmãos entendem essa coisa tão fácil, por isso uma lei para garantir que todos tenham direitos e oportunidades iguais. É, eu sei q é uma forma muito superficial para tratar o assunto, mas foi o que me veio a cabeça no momento.

Fato é que apesar do EIR não conter tudo que pleiteamos e construímos enquanto Movimento Negro nesses anos todos, ele taí com as nossas reivindicações e soluções para a sociedade ficar um pouco mais justa. É uma vitória que vai beneficiar muitos irmãos.

O EIR é o resultado de uma luta coletiva. Me sinto feliz por fazer parte dessa construção.

Os indiferentes

Odeio os indiferentes. Como Friederich Hebbel acredito que "viver significa tomar partido". Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão, e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.

A indiferença é o peso morto da história. É a bala de chumbo para o inovador, é a matéria inerte em que se afogam freqüentemente os entusiasmos mais esplendorosos, é o fosso que circunda a velha cidade e a defende melhor do que as mais sólidas muralhas, melhor do que o peito dos seus guerreiros, porque engole nos seus sorvedouros de lama os assaltantes, os dizima e desencoraja e às vezes, os leva a desistir de gesta heróica.

A indiferença atua poderosamente na história. Atua passivamente, mas atua. É a fatalidade; e aquilo com que não se pode contar; é aquilo que confunde os programas, que destrói os planos mesmo os mais bem construídos; é a matéria bruta que se revolta contra a inteligência e a sufoca. O que acontece, o mal que se abate sobre todos, o possível bem que um ato heróico (de valor universal) pode gerar, não se fica a dever tanto à iniciativa dos poucos que atuam quanto à indiferença, ao absentismo dos outros que são muitos. O que acontece, não acontece tanto porque alguns querem que aconteça quanto porque a massa dos homens abdica da sua vontade, deixa fazer, deixa enrolar os nós que, depois, só a espada pode desfazer, deixa promulgar leis que depois só a revolta fará anular, deixa subir ao poder homens que, depois, só uma sublevação poderá derrubar. A fatalidade, que parece dominar a história, não é mais do que a aparência ilusória desta indiferença, deste absentismo. Há fatos que amadurecem na sombra, porque poucas mãos, sem qualquer controle a vigiá-las, tecem a teia da vida coletiva, e a massa não sabe, porque não se preocupa com isso. Os destinos de uma época são manipulados de acordo com visões limitadas e com fins imediatos, de acordo com ambições e paixões pessoais de pequenos grupos ativos, e a massa dos homens não se preocupa com isso. Mas os fatos que amadureceram vêm à superfície; o tecido feito na sombra chega ao seu fim, e então parece ser a fatalidade a arrastar tudo e todos, parece que a história não é mais do que um gigantesco fenômeno natural, uma erupção, um terremoto, de que são todos vítimas, o que quis e o que não quis, quem sabia e quem não sabia, quem se mostrou ativo e quem foi indiferente. Estes então zangam-se, queriam eximir-se às conseqüências, quereriam que se visse que não deram o seu aval, que não são responsáveis. Alguns choramingam piedosamente, outros blasfemam obscenamente, mas nenhum ou poucos põem esta questão: se eu tivesse também cumprido o meu dever, se tivesse procurado fazer valer a minha vontade, o meu parecer, teria sucedido o que sucedeu? Mas nenhum ou poucos atribuem à sua indiferença, ao seu cepticismo, ao fato de não ter dado o seu braço e a sua atividade àqueles grupos de cidadãos que, precisamente para evitarem esse mal combatiam (com o propósito) de procurar o tal bem (que) pretendiam.

A maior parte deles, porém, perante fatos consumados prefere falar de insucessos ideais, de programas definitivamente desmoronados e de outras brincadeiras semelhantes. Recomeçam assim a falta de qualquer responsabilidade. E não por não verem claramente as coisas, e, por vezes, não serem capazes de perspectivar excelentes soluções para os problemas mais urgentes, ou para aqueles que, embora requerendo uma ampla preparação e tempo, são todavia igualmente urgentes. Mas essas soluções são belissimamente infecundas; mas esse contributo para a vida coletiva não é animado por qualquer luz moral; é produto da curiosidade intelectual, não do pungente sentido de uma responsabilidade histórica que quer que todos sejam ativos na vida, que não admite agnosticismos e indiferenças de nenhum gênero.

Odeio os indiferentes também, porque me provocam tédio as suas lamúrias de eternos inocentes. Peço contas a todos eles pela maneira como cumpriram a tarefa que a vida lhes impôs e impõe quotidianamente, do que fizeram e sobretudo do que não fizeram. E sinto que posso ser inexorável, que não devo desperdiçar a minha compaixão, que não posso repartir com eles as minhas lágrimas. Sou militante, estou vivo, sinto nas consciências viris dos que estão comigo pulsar a atividade da cidade futura que estamos a construir. Nessa cidade, a cadeia social não pesará sobre um número reduzido, qualquer coisa que aconteça nela não será devido ao acaso, à fatalidade, mas sim à inteligência dos cidadãos. Ninguém estará à janela a olhar enquanto um pequeno grupo se sacrifica, se imola no sacrifício. E não haverá quem esteja à janela emboscado, e que pretenda usufruir do pouco bem que a atividade de um pequeno grupo tenta realizar e afogue a sua desilusão vituperando o sacrificado, porque não conseguiu o seu intento.
 
Vivo, sou militante. Por isso odeio quem não toma partido, odeio os indiferentes.

Antonio Gramsci (1927)

Fonte: http://www.marxists.org/portugues/gramsci/1917/02/11.htm

sábado, 17 de julho de 2010

Pensando...


Terrível é o pensar.
Eu penso tanto
E me canso tanto com meu pensamento
Que às vezes penso em não pensar jamais.
Mas isto requer ser bem pensado
Pois se penso demais
Acabo despensando tudo que pensava antes
E se não penso
Fico pensando nisso o tempo todo.

Millôr Fernandes

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Suavidade musical

Ontem tive uma noite musical muito gostosa. Ouvi músicas cheias de magia, bem relaxantes. Aquelas que são para ouvir, de preferência, bem juntinho, daquele jeito.

Por indicação de um amigo, escutei uma música maravilhosa do Reverendo Al Green (para quem não conhece uma lenda viva do soul que teve o seu auge nos anos 70) com Corinne Bailey Rae chamada "Take Your Time".

O cd "Lay It Down" (não sei a gravadora) foi lançado no ano passado e pela pesquisa que fiz nem chegou no Brasil ainda. Som muito suave e emotivo. Muito bem produzido...

Tem uma música do ReverendoAl Green, onde ele paga uma paixão desgramada, chamada "Let's Stay Together" que eu amo! Sempre a tenho nas minhas playlists...

Ontem fui no show do meu amigo Da Ghama na Lapa. Por sinal foi muito bom. Nos intervalos o DJ tocou uns lounges e num momento rolou um som que me fez viajar e acredito que todos que estavam lá também embarcaram na viagem. Perguntei para ele o que era aquilo e ele respondeu que era "Bossa Marley". Caramba! Que D-E-L-Í-C-I-A!

Nossa! Tão bom essas saidinhas despretensiosas. São as melhores!

Sintam a magia!
 

terça-feira, 13 de julho de 2010

Sobre minha paixão...

Desde que comecei este blog eu tenho que responder para os que o lêem se estou ou não apaixonada por alguém.

A resposta para essa pergunta é: tchan tchan tchan tchannnnnnnn...Não! Não estou apaixonada por alguém.

Estou apaixonada pela vida. Isso sim!... E muito! Sempre...

Gosto de me apaixonar e curto isso, mas nessa fase da minha vida me sinto bem e não tenho nenhum alvo para acertar... Falo isso como se eu tivesse algum controle sobre, né? rs

Fato é que gosto muito de poesias, crônicas e letras de músicas. Acho admirável quem tem o dom de esmiuçar os sentimentos num papel. Essas coisas me tocam profundamente.

É gostoso descrever sensações, por isso vez ou outra em minhas postagens cito nomes e até lugares por onde andei. Mas não significa que estou gostando de alguém. Tudo isso é para ser interpretado como sensações/sentimentos experimentad@s.

Quem me conhece muito bem, sabe que sou uma pessoa direta. As minhas atitudes são exatamente aquilo que elas querem dizer. Não há em minhas postagens mensagens subliminares, entrelinhas, dupla interpretação... nada! Aquilo e isso são partes de Ana Carolina pura e simples.

Se apaixonada estivesse já teria me declarado. Não costumo guardar esse tipo de sentimento só para mim... Só em mim...


Se a paixão fosse realmente um bálsamo
O mundo não pareceria tão equivocado
Te dou carinho, respeito e um afago
Mas entenda, eu não estou apaixonado


Longe do Meu Lado - Legião Urbana

segunda-feira, 12 de julho de 2010

De fato...


Amar a si mesm@ é o começo de um romance para toda a vida!

(Oscar Wilde)

domingo, 11 de julho de 2010

Efêmera

Vou ficar mais um pouquinho/ Para ver se acontece alguma coisa nessa tarde de domingo/ Hoje é o tempo preu ficar devagarinho/ com as coisas que eu gosto e que eu sei que são efêmeras/ e que passam perecíveis/ e acabam, se despedem, mas eu nunca me esqueço// Por isso eu vou ficar mais um pouquinho/ Para ver se eu aprendo alguma coisa nessa parte do caminho/ Martelo o tempo preu ficar mais pianinho/ com as coisas que eu gosto e que nunca são efêmeras/e que estão despetaladas, acabadas/ Sempre pedem um tipo de recomeço// Por isso vou ficar mais um pouquinho/ para ver se acontece alguma nessa tarde de domingo/ Vou ficar mais um pouquinho/ para ver se eu aprendo alguma coisa nessa parte do caminho.

Tulipa Ruiz

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Sobre independência...

Hoje, dando uma olhada aqui no blog vi a descrição que fiz do meu perfil na parte “Quem sou eu” que é a seguinte: Uma eterna sonhadora inveterada. Uma mulher preta guerreira, independente, bem resolvida, feliz e que ama viver a vida.

Daí comecei a refletir sobre o que pode significar ser uma mulher independente e quem sou atualmente.

É normal as pessoas imaginarem mulheres independentes como sendo aquelas que são exigentes, seguras com os sentimentos e relacionamentos, empenhadas, orgulhosas, influentes, ousadas, com condições financeiras favoráveis, autoritárias... Mas será que isso é sinônimo de independência???

Se for sob essa lógica, acho que não me encaixo nesses padrões definidos pela maioria, pois sou dependente de pessoas a minha volta, da família, dos amigos, do trabalho, das paixões que sinto... Sem essas coisas não funciono.

É, eu sei! Sou cheia de opiniões, de questionamentos, de curiosidades e de boa-vontade, mais também, as vezes fico carente e insegura como todo mortal. Tem dias que eu acho que o mundo vai me engolir e daí me sinto desprotegida. Nessas horas lembro-me da infância e do colo dos meus pais para correr na hora do medo...

Acho que ser uma mulher independente é se aceitar tal como é. É ser inteligente e organizada. É estar sempre em busca de conhecimento, de crescimento intelectual, espiritual e profissional. É ser sensual, mas sem usar a sensualidade como um meio para atingir objetivos. É ter humildade para saber que erra, mas que aprende com os erros. Ser mulher independente é ser livre para buscar paz.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Suposição




"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca". (Clarice Lispector)

Guardar

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso melhor se guarda o vôo de um pássaro
Do que um pássaro sem vôos.
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
por isso se declara e declama um poema:
Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance de um poema:
Por guardar-se o que se quer guardar.

Antônio Cícero

A Próxima Vez

A próxima vez que a gente se encontrar
Eu vou te dar um beijo, sem pensar, calada
A próxima vez que a gente se beijar
Eu vou querer o mundo com você, do lado

Por que não tentar comigo?
Por que querer ser sua... Amiga...
Amiga não...
Não há abrigo, não

A próxima vez que a gente se encontrar
Eu vou te dar um beijo, sem pensar, calada
A próxima vez que a gente se beijar
Eu vou querer o mundo com você, do lado

Por que não tentar comigo?
Por que querer ser sua...
Amiga não...
Não há abrigo não

A próxima vez que a gente se encontrar
Eu vou te abraçar
Vou chorar, vou morrer
Só pra te fazer sorrir...

Só pra te fazer sorrir...

Playmobille

terça-feira, 6 de julho de 2010

Sobre o Tempo

Sabe qual foi o meu pensamento predominante hoje?

Foi sobre organizar as coisas a minha volta para elas se desorganizarem depois de forma organizada.

Sabe como fui pensar nisso?

Foi assim: Comecei o dia com a minha irmã abrindo a porta do meu quarto dizendo em alto tom: “- Carol, nove horas!!!”

Eu tinha uma audiência para fazer as 09h35 na Justiça do Trabalho e numa Vara que o Juíz é pontual. Nossa! Entrei no chuveiro sem reparar se a água estava fria e nem nada. Ainda bem que tenho o costume de deixar minha bolsa e a roupa separadas antes de dormir. Minha salvação, minha organização!

Bom, me vesti e fui acabando de me aprontar dentro do táxi. Enquanto me arrumava fiquei refletindo e agradecendo à Deus por morar perto daquele Fórum, por ter grana pra pegar um táxi, pelo motorista que estava correndo para eu chegar a tempo, pelos sinais de trânsito que estavam todos abertos, pela música que estava tocando e me acalmando, pelo dia que estava lindo, por eu estar confiante no meu trabalho... Enfim, fui analisando tudo que estava acontecendo naquele momento comigo. Meu anjo da guarda é maravilhoso!!!

Chegando ao Fórum, tudo deu certo, mas depois de um susto desses quis aproveitar o dia para botar as coisas em ordem.

Fui para o escritório e verifiquei na agenda que o meu trabalho estava atrasado dez dias! Ainda sob o efeito do susto e para não perder mais tempo comecei a resolver tudo. Cismei que só sairia dali com a minha mesa vazia.

No final consegui dar conta de tudo! Botei em dia todos os meus prazos, todos os meus e-mails, todos os telefonemas... Toda minha agenda!

Quando terminei pensei: Agora que já está tudo organizado, fica menos pior quando as coisas se desorganizarem novamente.

Aprendi com isso que ser manter as coisas em ordem é uma boa forma de economizar o tempo para gastar vivendo bem a vida. 

"Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio..." - Sobre o Tempo – Pato Fu

 


segunda-feira, 5 de julho de 2010

Flor do Medo

Venha me beijar de uma vez
você pensa demais
pra decidir
venha a mim de corpo e alma
libera e deixa o que for
nos unir
não vá fugir mais uma vez
vença a falta de ar
que a flor do medo traz
tente pensar
pode até ser mau e tal
mas pode até ser
que seja demais
tudo vai mudar
posso pressentir
você vai lembrar e rir
alguma dor
que não vai matar ninguém
pode ser vista e nos rondar
não precisa se assustar
isso é clamor
de amor
venha me beijar de uma vez
feito nuvem no ar
sem aflição
venha a mim de corpo e alma
libera a paz do meu coração
não vá se perder outra vez
nesse mesmo lugar
por onde já passou
tente pensar
pode até ser sonho e tal
mas pode até ser
que seja o amor

Djavan