domingo, 12 de dezembro de 2010

Tendo a Lua


Eu hoje joguei tanta coisa fora
Eu vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias gente que foi embora
A casa fica bem melhor assim

O céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu
E lendo teus bilhetes, eu penso no que fiz
Querendo ver o mais distante e sem saber voar
Desprezando as asas que você me deu

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu.

Paralamas do Sucesso

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Sem tempo



Novembro não deu tempo!

sábado, 6 de novembro de 2010

Muito Pouco


Pronto
Agora que voltou tudo ao normal
Talvez você consiga ser menos rei
E um pouco mais real

Esqueça
As horas nunca andam para trás
Todo dia é dia de aprender um pouco
Do muito que a vida traz.

Mas muito pra mim é tão pouco
E pouco é um pouco demais
Viver tá me deixando louco
Não sei mais do que sou capaz
Gritando pra não ficar rouco
Em guerra lutando por paz
Muito pra mim é tão pouco
E pouco eu não quero mais


Chega
Não me condene pelo seu penar
Pesos e medidas não servem
Pra ninguém poder nos comparar

Porque
Eu não pertenço ao mesmo lugar
Em que você se afunda tão raso
Não dá nem pra tentar te salvar


Porque muito pra mim é tão pouco
E pouco é um pouco demais
Viver tá me deixando louco
Não sei mais do que sou capaz
Gritando pra não ficar rouco
Em guerra lutando por paz
Muito pra mim é tão pouco
E pouco eu não quero

Veja
A qualidade está inferior
E não é a quantidade que faz
A estrutura de um grande amor

Simplesmente seja
O que você julgar ser o melhor
Mas lembre-se que tudo que começa com muito
Pode acabar muito pior

E muito pra mim é tão pouco
E pouco é um pouco demais
Viver tá me deixando louco
Não sei mais do que sou capaz
Gritando pra não ficar rouco
Em guerra lutando por paz
Muito pra mim é tão pouco
E pouco eu não quero mais


Pouco eu não quero mais.
Pouco eu não quero mais.

Paulinho Moska

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Mulher no poder!


"A igualdade de oportunidades para homens e mulheres é um princípio essencial da democracia. Gostaria muito que os pais e mães de meninas olhassem hoje nos olhos delas e lhes dissessem: SIM, a mulher pode!"

Dilma Rousseff,
 em seu primeiro discurso como Presidenta do Brasil.

É bom estar viva para apreciar esse momento tão importante. Eu vi a minha mãe dizer para a minha sobrinha (que tem 9 anos) que ela pode ser o que ela quiser, inclusive Presidenta da República. Minha sobrinha respondeu: "- Vou pensar vovó, vou pensar!" rs

sábado, 23 de outubro de 2010

Eu fico sem saber o que fazer e acho engraçado...


Ele é o cara mais complicado que conheço e isso não é novidade. Mas eu gosto....
Ele é desligado, instável, cheio de manias, cheio de metodologias e vive pendendo numa balança cada hora para um lado. Mas eu gosto...
Ele é machista, nunca chora, é meio frio e tá ficando velho. Mas eu gosto...
Ele nunca se dá bem nos relacionamentos, vive evitando se apaixonar e amar. Mas eu gosto...
Parece que ele é mal resolvido, por isso nunca se apega a ninguém.
As vezes acho que ele tem um coração de pedra, que ele é o mais insensivel dos homens.
Ele é cruel as vezes. Um tanto imbecil e inútil.
Mas eu gosto...
Por que a gente não tem domínio sobre isso? Quando nos damos conta já é tarde e lá está nosso coração, potencialmente propenso a ser partido a qualquer instante e a gente não faz nada pra impedir.
A gente deixa e vai levando até que se perca o controle de tudo. Até que a vida fique sem rumo e tudo que a gente quer é aquele sorriso, aquele beijo, aquela pegada. A simples possibilidade de faltar aquele abraço já aterroriza.
Não importa que ele não tenha sensibilidade pra perceber essas coisas. O amor está ali, esperando, dizendo pra gente: "- Toma. Sou de vocês" e nada muda isso.
A gente esquece alguns defeitos e aprende a lidar com tantos outros. Amadurecer é assim.
A gente luta sem pedir nada em troca.
Porque o amor que a gente guarda não muda de dono, não se barganha. Ele dura, progride, muda. Mas não termina. Só se renova...
E sempre fica no coração um pedacinho... com o nome dele escrito.

domingo, 17 de outubro de 2010

Não dá pra planejar!

"...Reconheço que ele
Me deixa insegura
Sou louca por ele
E não sei o que falar
O que eu quero é que
Ele quebre a minha rotina
Que fique comigo
E deseje me amar...
Não dá para controlar
Não dá!
Não dá pra planejar!!!..."

Lobão




domingo, 10 de outubro de 2010

Alguém sempre demora...

Todo mundo beija
Todo mundo almeja
Todo mundo deseja
Todo mundo chora
Alguns por dentro
Alguns por fora
Alguém sempre chega
Alguém sempre demora.

Elisa Lucinda

sábado, 2 de outubro de 2010

...

"... Ai, a primeira festa, a primeira fresta, o primeiro amor..."
(Flor da Idade - Chico Buarque)


"... Se lembra quando a gente
chegou um dia a acreditar que
tudo era pra sempre? ..."
(Por Enquanto - Legião Urbana)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sobre o voto consciente

Em tempos de eleições diretas, é oportuna a seguinte pergunta: é possível exercer o chamado voto consciente? A resposta, em linhas gerais, é sim! O voto consciente é aquele que é direcionado ao candidato ou à candidata que julgamos ser @ melhor para governar e legislar em prol de todos os votantes. Para muitos, na atual conjuntura, o voto consciente é aquele que é direcionado ao menos ruim e não ao melhor. Independentemente de suas peculiaridades, o voto consciente, ou de qualquer outra natureza, é, sim, um ato de exercício da cidadania.

Por mais difícil e complexo que seja o quadro de representantes exposto para nossa escolha, o voto é fundamental para o fortalecimento de qualquer democracia. Décadas de regime militar privaram os brasileiros deste direito. O movimento público pelas Diretas Já foi um marco histórico na história republicana brasileira. Neste contexto, a pregação em prol do voto nulo ou voto em branco é mais uma manifestação de revolta ou indignação do que de consciência cívica.

As eleições para cargos públicos mexem com o cotidiano das pessoas. É um tempo em que diferenças vêm à tona, contradições são exploradas, falhas são mencionadas, conquistas são relatadas, alianças políticas são costuradas e desavenças são praticadas. Neste emaranhado de acontecimentos, a população se vê em meio a um bombardeio de coisas boas e ruins.

Apesar de tudo isso, ter o direito de escolher os nossos representantes foi uma das maiores conquistas democráticas conseguidas. Qualquer democracia do mundo não pode se furtar desta condição. Eu sei que muitos brasileiros são contra a obrigatoriedade do voto. Tudo bem! Não vamos entrar em uma interminável polêmica. No entanto, quem não escolhe ou não tem o direito de escolher não pode cobrar com legitimidade o seu representante. O cerceamento deste direito é um ato contra qualquer princípio democrático.

Bom, voltando ao foco central desse post, o voto consciente precisa ser exercido, de fato e com os pés no chão. Não se vota com consciência sob influência de terceiros. A consciência, neste caso, tem que ser individual. A grande responsabilidade cabe a cada eleitor. A cidadania só é legitimada pelo voto direto à medida que o eleitor não seja influenciado por postulantes a cargos públicos que fazem do pleito eleitoral um momento de exercer a sua arrogância e a sua vontade de satisfação privada estimulada pelo poder e pela influência negativa que, via de regra, são itens presentes em boa parte das candidaturas existentes em várias localidades brasileiras.

Por fim, quero manifestar o meu apoio as pessoas que, como eu, têm a consciência da importância de se votar com segurança e conscientemente. Mesmo sabendo que esta é uma tarefa complicada, não podemos nos furtar deste direito que nos foi concedido depois de várias manifestações e reinvidicações da própria sociedade. Votar é preciso, mas, de preferência, com consciência!
http://www.culturatura.com.br/artigos/paulo.voto.htm


O Analfabeto Político

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
 Bertolt Brecht

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Incenso Fosse Música


Isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além .
 
Leminsk

terça-feira, 21 de setembro de 2010

As Canções Que Você Fez Pra Mim

Hoje no trabalho ouvi no rádio Maria Bethânia interpretar a música "As Canções Que Você Fez Pra Mim" de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Essa é sem dúvida uma das letras mais bonitas pra mim. Ela é genial! Gosto da interpretação de Bethânia, aliás gosto da interpretação até da Sandy. rs 

Dá vontade de viver essa fossa. (nem tanto)

Talvez o LP "O Inimitável" (1968) seja o melhor do Roberto Carlos na minha opinião. Também, não posso falar muito, pois não sou fã dele e só conheço as músicas dessa fase que é  considerada a do amadurecimento musical...

Enfim, não tô com dor de cotovelo, mas quis postar essa letra aqui. Muito linda! Impossível não se deixar tocar com essa música.

Hoje, eu ouço as canções que você fez pra mim
Não sei por que razão tudo mudou assim
Ficaram as canções e você não ficou

Esqueceu de tanta coisa que um dia me falou
Tanta coisa que somente entre nós dois ficou
Eu acho que você já nem se lembra mais

É tão difícil olhar o mundo e ver
O que ainda existe
Pois sem você meu mundo é diferente
Minha alegria é triste

Quantas vezes você disse que me amava tanto
Tantas vezes eu enxuguei o seu pranto
E agora eu choro só sem ter você aqui.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Flores Em Você


"De todo o meu passado
Boas e más recordações
Quero viver meu presente
E lembrar tudo depois..."

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Playlist!


Se vc tivesse uma playlist pra ilustrar a sua vida, qual seria? Pra mim, é punk escolher uma música só, na verdade acho que pra todo mundo, né? Escolher música é igual a escolher o filho favorito, isto é, não dá! Pois, cada momento remete a uma playlist diferente. Quer ver? Uma tarde de verão, na praia, ao som de "Meu Esquema" (Mundo Livre S/A). E as lembranças da infância? Nos momentos com minha mãe "Águas de Março" (Tom Jobim) e "João e Maria" (Chico Buarque). Com meu pai "Love Me Do" e "O-bla-di O-bla-da (ambas dos Beatles). Meu irmão me apresentou o meu xodó, Legião Urbana, Lulu Santos e toda a turma que fazia rock no Brasil nos anos 80. Vamos falar de romance? Para os amores que deram certo: "Mais Uma Vez" (Jota Quest), "Head Over Feet" (Alanis Morissette), "Is This Love" (Bob Marley), "Vejo Flores Em Você" (Ira), e "Frisson" (Tunai). Para os amores que não deram certo: "Boys don’t cry" (The Cure), Cryn' (Aerosmith), November Rain (Guns N ' Roses), Gota D'água (Chico Buarque) e "Que Pena" (Jorge Ben). E os momentos "sem noção" com os amigos? Ah pára tudo! "Mr. Jones" (Counting Crows), Beautiful Day (U2), "Não Quero Dinheiro" (Tim Maia) e "Born To Be Wild" (Steppenwolf). Nossa! São tantas músicas que mexem comigo que chegam a me causar euforia! Um vinho combina com Lauryn Hill (versão acústica), Norah Jones, Ayo, Diana Krall e pq não Marcela Mangabeira? Um papo fica bom com Seu Jorge. De madrugada, John Coltrane, Ella Fitzgerald. Momentos reflexivos combinados com ironia, Amy Winehouse cai superbem. Rock internacional faz bastante a minha cabeça. Mas, a MPB é a minha paixão! É ela quem me toca profundamente - "Preciso Me Encontrar" (Cartola), "Beija Eu" (Marisa Monte), "Bom Senso" (Tim Maia), "Pétalas" (Djavan), "Duas Cores" (Mombojó), "Um Certo Alguém" (Lulu Santos), "Pra Rua Me Levar" (Ana Carolina), "Hoje Eu Quero Sair Só" (Lenine), - (IMPOSSÍVEL CITAR APENAS UMA) - "Grand Hotel" (Kid Abelha), "A Estrada" (Cidade Negra), "Emoções" (Roberto Carlos), "A Cidade" (Chico Science) Milton Nascimento, Gilberto Gil, Cássia Eller, Casuarina, Nando Reis, Arlindo Cruz, Noel Rosa, Elizeth Cardoso, Skank, etc. Definitivamente, deveria ter uma playlist para cada situação. Na verdade, tem! Mas, seria ideal se todos a escutassem. seria ideal se ela não causasse essa sensação apenas em mim, se não tocasse apenas a mim! Entendeu? :-)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Início

 

"...Ele me faz tão bem, ele me faz tão bem.
Que eu também quero fazer isso por ele..."

domingo, 12 de setembro de 2010

Lindoooo

"... Quando bate a saudade
 eu vou pro mar
Fecho os meus olhos e sinto
você chegar...."

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sol de Primavera

Quando entrar setembro
E a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão
Onde a gente plantou
Juntos outra vez...

Já sonhamos juntos
Semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz
No que falta sonhar...

Já choramos muito
Muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar
Uma nova canção
Que venha nos trazer...

Sol de primavera
Abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender.

Beto Guedes/ Ronaldo Bastos

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Menina e Moça



(...)

Às vezes recatada, outras estouvadinha,
Casa no mesmo gesto a loucura e o pudor;
Tem coisas de criança e modos de mocinha,
Estuda o catecismo e lê versos de amor.
(...)

É que esta criatura, adorável, divina,
Nem se pode explicar, nem se pode entender:
Procura-se a mulher e encontra-se a menina,
Quer-se ver a menina e encontra-se a mulher!

                                                                                   Machado de Assis


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Quando acaba em jazz

Eu fico feliz, eu fico relax...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Balada do Amor

É preciso fugir
De todo o amor que faz sofrer
É preciso fugir do amor...
Talvez a chuva lá fora faça bem
Talvez o frio da noite
Seja como alguém...
 
Solano Trindade

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Confissão

Que esta minha paz e este meu amado silêncio
Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios
Acho-me relativamente feliz
Porque nada de exterior me acontece...
Mas,
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto!

Mario Quintana

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Onde anda você?

A minha vida parece ser normal, porém ela não pára... tudo é muito corrido e intenso. Minha família continua amada, meus amigos continuam divertidos, os sambas e os barzinhos continuam animados, mas há sempre uma sensação de saudade. E aqui fica a dúvida, há saudade boa? Eu acho que sentir isso não é legal, por outro lado só sentimos saudade de algo bom. Afinal, ninguém sente falta da dor de cabeça de dias atrás. Saudade me soa como falta e vontade. E por falar nisso, este post é só pra dizer que estou com saudade!



"E por falar em saudade onde anda você
Onde andam seus olhos que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou louco de tanto prazer
E por falar em beleza onde anda a canção
Que se ouvia na noite dos bares de então
Onde a gente ficava,onde a gente se amava
Em total solidão
Hoje eu saio na noite vazia
Numa boemia sem razão de ser
Na rotina dos bares,que apesar dos pesares,
Me trazem você
E por falar em paixão, em razão de viver,
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares, na noite, nos bares
Aonde anda você? "
 
Vinicius de Moraes

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

...

Por que não me olhaste?
Se tivesses olhado para mim, terias me amado!

(Oscar Wilde)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Saudadeeeee...


"Saudade
Diga a esse moço por favor
Como foi sincero o meu amor
Quanto eu te adorei
Tempos atrás
Saudade
Não se esqueça também de dizer
Que é você quem me faz adormecer
Pra que eu viva em paz"
 
Nunca - Lupicínio Rodrigues

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Sobre ser princesa

Ele só me chamava de minha princesa. Eu achava lindo e pensava: Esse homem me acha muito especial e me ama! Depois vi que ele chamava todas as mulheres de minha princesa. Era o jeito dele. Ele era assim, carinhoso.

No início eu achava que era a única e ponto. E ficava contente quando o ouvia dizer certas palavras. Depois de um tempo percebi que não era a única princesa na vida dele, mas ainda assim era bom pra mim ser chamada dessa forma. Soava bem, fazia com que eu me sentisse especial. E se a gente parar pra pensar, todo mundo quer ser especial para alguém, né?

Ele é especial pra mim e isso por hora me basta. É bom ter alguém pra dedicar.

Esses dias bonitos de inverno me lembram ele. Depois que o conheci sempre é assim. Algumas pessoas ficam melancólicas com esse tempo, mas eu gosto...

Acho lindo como o sol brilha nas manhãs frias de inverno e como as noites ficam estreladas. E quando tem lua ela parece ficar ainda  mais esplêndida. Admirar essa paisagem me inunda de sentimentos. Acho que sempre que é inverno lá fora é inverno aqui dentro também, e é engraçado, pois o tempo sempre faz a gente ter sensações que não eram para estar aqui nesse momento. Coisas não programadas...

...E essas coisas são minhas e só minhas! São meus momentos em que tenho ele só pra mim. Acho que ele não entende o que eu digo, mas sei bem do que se trata. Essas coisas que continuam acontecendo comigo quando o vejo. Quando ele está por perto todos os meus sentidos ficam mais sensíveis. Eu não sei se ele percebe a minha cara de tonta, a maneira como quero estar sempre rindo e falando alguma coisa engraçada. Sei lá... É estranho a sensação que ele me causa. Aliás, confesso que até eu me surpreendo com meu comportamento perante ele.

São por essas coisas que não me importo com todas as outras princesas que ele tem. Por isso que não me importo com o frio do inverno. Eu sempre tenho alguém pra mim, e esse alguém tem a voz e o jeito que faz com que eu me perca, que me deixa tranquila e que preenche meu coração mais que a lua cheia.

Por fim, eu não me importo que ele seja assim, carinhoso. Foi isso que me encantou e ainda me encanta. Muito...

domingo, 1 de agosto de 2010

Fome de você



Torta de limão me lembra você
Pão de queijo me lembra você
Macarronada me lembra você
Eu quero te comer agora
e ter o mundo dentro de mim!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Secret

 Nós dois temos
Os mesmos defeitos
Sabemos tudo
A nosso respeito
Somos suspeitos
De um crime perfeito
Mas crimes perfeitos
Não deixam suspeitos...
 
(Pra Ser Sincero - Engenheiros do Hawai)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Como ela é?


- Ela É assim ! Pronto.
- Mas Como assim? Explica !

- Ela é assim um mix de tudo que se possa imaginar dentro de uma grande capacidade de apenas não ser nada em definitivo. Ela é aquilo que não consegue se encaixar em moldes pré-existentes, parece que ninguém nunca foi antes dela. Ela se incomoda com isso, às vezes, muito. Ela é cheia de sentimentos, parece que suas experiências se manifestam é no dorso do seu colo, e quase sempre, de vez em quando, tudo isso pesa. Mas não tem modo, não existe maneira que a faça ser diferente. E ainda, graças a Deus, ela é diferente. Algo que pesa e que tem o dom da leveza, algo que chora e que se manifesta em sorrisos, algo de forte, mas que se desmancha quando encontra a água.' .

Clarice Lispector

Prudência


Há ocasiões que é mil vezes preferível fazer de menos que fazer de mais, entrega-se o assunto ao governamento da sensibilidade, ela, melhor que a inteligência racional, saberá proceder segundo o que mais convenha à perfeição dos instantes seguintes.

(José Saramago)

terça-feira, 27 de julho de 2010

Pertencer

Tenho certeza de que, no berço, a minha primeira vontade foi a de pertencer. Por motivos que aqui não importam, eu de algum modo devia estar sentindo que não pertencia a nada nem a ninguém. Nasci de graça. Se no berço experimentei essa fome humana, ela continua a me acompanhar pela vida afora, como se fosse um destino. A ponto de meu coração se contrair de inveja e desejo quando vejo uma freira: ela pertence a Deus ( ... ) Quem sabe se comecei a escrever tão cedo na vida porque, escrevendo, pelo menos eu pertencia um pouco a mim mesma.

Clarice Lispector

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Fim de semana

Resumo o meu fim de semana no vídeo abaixo. Toda intensidade de um perfeito jazz de Coltrane...

sábado, 24 de julho de 2010

Dono da Minha Cabeça

Dono da minha cabeça ele vem como um carnaval
E toda paixão recomeça, ele é bonito, é demais
Não há um porto seguro, futuro também não há
Mas faz tanta diferença quando ele dança, dança


Eu digo e ele não acredita, ele é bonito demais
Eu digo e ele não acredita, ele é bonito, bonito
Digo e ele não acredita, ele é bonito demais
Eu digo e ele não acredita, ele é bonito, é bonito


Dono da minha cabeça quero tanto lhe ver chegar
Quero saciar minha sede milhões de vezes, milhões de vezes

Na força dessa beleza é que eu sinto firmeza e paz
Por isso nunca desapareça
Nunca me esqueça, eu não te esqueço jamais

Eu digo e ele não acredita, ele é bonito demais
Eu digo e ele não acredita, ele é bonito, bonito
Digo e ele não acredita, ele é bonito demais
Eu digo e ele não acredita, ele é bonito, é bonito

Geraldo Azevedo



quinta-feira, 22 de julho de 2010

EIR

Dia 20/julho/2010, dia da Amizade e dia memorável pra mim. Estava em Brasília, no Palácio Itamaraty, com minha mãe e irmã assistindo o Presidente Lula sancionar o Estatuto da Igualdade Racial. Foi um momento ímpar que ficará para sempre guardado em minha memória.

Hoje estava explicando (de forma romântica) para minha sobrinha que tem 9 anos o que significou estar em Brasília antes de ontem. Eu disse à ela que somos todos filhos de Deus, logo, todos irmãos, por isso devemos ser tratados com igualdade. Aí ela me indagou: "- Ô tia se somos todos irmãos, pq precisamos de uma lei pra isso?". Respondi dizendo que nem todos os irmãos entendem essa coisa tão fácil, por isso uma lei para garantir que todos tenham direitos e oportunidades iguais. É, eu sei q é uma forma muito superficial para tratar o assunto, mas foi o que me veio a cabeça no momento.

Fato é que apesar do EIR não conter tudo que pleiteamos e construímos enquanto Movimento Negro nesses anos todos, ele taí com as nossas reivindicações e soluções para a sociedade ficar um pouco mais justa. É uma vitória que vai beneficiar muitos irmãos.

O EIR é o resultado de uma luta coletiva. Me sinto feliz por fazer parte dessa construção.

Os indiferentes

Odeio os indiferentes. Como Friederich Hebbel acredito que "viver significa tomar partido". Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão, e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.

A indiferença é o peso morto da história. É a bala de chumbo para o inovador, é a matéria inerte em que se afogam freqüentemente os entusiasmos mais esplendorosos, é o fosso que circunda a velha cidade e a defende melhor do que as mais sólidas muralhas, melhor do que o peito dos seus guerreiros, porque engole nos seus sorvedouros de lama os assaltantes, os dizima e desencoraja e às vezes, os leva a desistir de gesta heróica.

A indiferença atua poderosamente na história. Atua passivamente, mas atua. É a fatalidade; e aquilo com que não se pode contar; é aquilo que confunde os programas, que destrói os planos mesmo os mais bem construídos; é a matéria bruta que se revolta contra a inteligência e a sufoca. O que acontece, o mal que se abate sobre todos, o possível bem que um ato heróico (de valor universal) pode gerar, não se fica a dever tanto à iniciativa dos poucos que atuam quanto à indiferença, ao absentismo dos outros que são muitos. O que acontece, não acontece tanto porque alguns querem que aconteça quanto porque a massa dos homens abdica da sua vontade, deixa fazer, deixa enrolar os nós que, depois, só a espada pode desfazer, deixa promulgar leis que depois só a revolta fará anular, deixa subir ao poder homens que, depois, só uma sublevação poderá derrubar. A fatalidade, que parece dominar a história, não é mais do que a aparência ilusória desta indiferença, deste absentismo. Há fatos que amadurecem na sombra, porque poucas mãos, sem qualquer controle a vigiá-las, tecem a teia da vida coletiva, e a massa não sabe, porque não se preocupa com isso. Os destinos de uma época são manipulados de acordo com visões limitadas e com fins imediatos, de acordo com ambições e paixões pessoais de pequenos grupos ativos, e a massa dos homens não se preocupa com isso. Mas os fatos que amadureceram vêm à superfície; o tecido feito na sombra chega ao seu fim, e então parece ser a fatalidade a arrastar tudo e todos, parece que a história não é mais do que um gigantesco fenômeno natural, uma erupção, um terremoto, de que são todos vítimas, o que quis e o que não quis, quem sabia e quem não sabia, quem se mostrou ativo e quem foi indiferente. Estes então zangam-se, queriam eximir-se às conseqüências, quereriam que se visse que não deram o seu aval, que não são responsáveis. Alguns choramingam piedosamente, outros blasfemam obscenamente, mas nenhum ou poucos põem esta questão: se eu tivesse também cumprido o meu dever, se tivesse procurado fazer valer a minha vontade, o meu parecer, teria sucedido o que sucedeu? Mas nenhum ou poucos atribuem à sua indiferença, ao seu cepticismo, ao fato de não ter dado o seu braço e a sua atividade àqueles grupos de cidadãos que, precisamente para evitarem esse mal combatiam (com o propósito) de procurar o tal bem (que) pretendiam.

A maior parte deles, porém, perante fatos consumados prefere falar de insucessos ideais, de programas definitivamente desmoronados e de outras brincadeiras semelhantes. Recomeçam assim a falta de qualquer responsabilidade. E não por não verem claramente as coisas, e, por vezes, não serem capazes de perspectivar excelentes soluções para os problemas mais urgentes, ou para aqueles que, embora requerendo uma ampla preparação e tempo, são todavia igualmente urgentes. Mas essas soluções são belissimamente infecundas; mas esse contributo para a vida coletiva não é animado por qualquer luz moral; é produto da curiosidade intelectual, não do pungente sentido de uma responsabilidade histórica que quer que todos sejam ativos na vida, que não admite agnosticismos e indiferenças de nenhum gênero.

Odeio os indiferentes também, porque me provocam tédio as suas lamúrias de eternos inocentes. Peço contas a todos eles pela maneira como cumpriram a tarefa que a vida lhes impôs e impõe quotidianamente, do que fizeram e sobretudo do que não fizeram. E sinto que posso ser inexorável, que não devo desperdiçar a minha compaixão, que não posso repartir com eles as minhas lágrimas. Sou militante, estou vivo, sinto nas consciências viris dos que estão comigo pulsar a atividade da cidade futura que estamos a construir. Nessa cidade, a cadeia social não pesará sobre um número reduzido, qualquer coisa que aconteça nela não será devido ao acaso, à fatalidade, mas sim à inteligência dos cidadãos. Ninguém estará à janela a olhar enquanto um pequeno grupo se sacrifica, se imola no sacrifício. E não haverá quem esteja à janela emboscado, e que pretenda usufruir do pouco bem que a atividade de um pequeno grupo tenta realizar e afogue a sua desilusão vituperando o sacrificado, porque não conseguiu o seu intento.
 
Vivo, sou militante. Por isso odeio quem não toma partido, odeio os indiferentes.

Antonio Gramsci (1927)

Fonte: http://www.marxists.org/portugues/gramsci/1917/02/11.htm

sábado, 17 de julho de 2010

Pensando...


Terrível é o pensar.
Eu penso tanto
E me canso tanto com meu pensamento
Que às vezes penso em não pensar jamais.
Mas isto requer ser bem pensado
Pois se penso demais
Acabo despensando tudo que pensava antes
E se não penso
Fico pensando nisso o tempo todo.

Millôr Fernandes

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Suavidade musical

Ontem tive uma noite musical muito gostosa. Ouvi músicas cheias de magia, bem relaxantes. Aquelas que são para ouvir, de preferência, bem juntinho, daquele jeito.

Por indicação de um amigo, escutei uma música maravilhosa do Reverendo Al Green (para quem não conhece uma lenda viva do soul que teve o seu auge nos anos 70) com Corinne Bailey Rae chamada "Take Your Time".

O cd "Lay It Down" (não sei a gravadora) foi lançado no ano passado e pela pesquisa que fiz nem chegou no Brasil ainda. Som muito suave e emotivo. Muito bem produzido...

Tem uma música do ReverendoAl Green, onde ele paga uma paixão desgramada, chamada "Let's Stay Together" que eu amo! Sempre a tenho nas minhas playlists...

Ontem fui no show do meu amigo Da Ghama na Lapa. Por sinal foi muito bom. Nos intervalos o DJ tocou uns lounges e num momento rolou um som que me fez viajar e acredito que todos que estavam lá também embarcaram na viagem. Perguntei para ele o que era aquilo e ele respondeu que era "Bossa Marley". Caramba! Que D-E-L-Í-C-I-A!

Nossa! Tão bom essas saidinhas despretensiosas. São as melhores!

Sintam a magia!
 

terça-feira, 13 de julho de 2010

Sobre minha paixão...

Desde que comecei este blog eu tenho que responder para os que o lêem se estou ou não apaixonada por alguém.

A resposta para essa pergunta é: tchan tchan tchan tchannnnnnnn...Não! Não estou apaixonada por alguém.

Estou apaixonada pela vida. Isso sim!... E muito! Sempre...

Gosto de me apaixonar e curto isso, mas nessa fase da minha vida me sinto bem e não tenho nenhum alvo para acertar... Falo isso como se eu tivesse algum controle sobre, né? rs

Fato é que gosto muito de poesias, crônicas e letras de músicas. Acho admirável quem tem o dom de esmiuçar os sentimentos num papel. Essas coisas me tocam profundamente.

É gostoso descrever sensações, por isso vez ou outra em minhas postagens cito nomes e até lugares por onde andei. Mas não significa que estou gostando de alguém. Tudo isso é para ser interpretado como sensações/sentimentos experimentad@s.

Quem me conhece muito bem, sabe que sou uma pessoa direta. As minhas atitudes são exatamente aquilo que elas querem dizer. Não há em minhas postagens mensagens subliminares, entrelinhas, dupla interpretação... nada! Aquilo e isso são partes de Ana Carolina pura e simples.

Se apaixonada estivesse já teria me declarado. Não costumo guardar esse tipo de sentimento só para mim... Só em mim...


Se a paixão fosse realmente um bálsamo
O mundo não pareceria tão equivocado
Te dou carinho, respeito e um afago
Mas entenda, eu não estou apaixonado


Longe do Meu Lado - Legião Urbana

segunda-feira, 12 de julho de 2010

De fato...


Amar a si mesm@ é o começo de um romance para toda a vida!

(Oscar Wilde)

domingo, 11 de julho de 2010

Efêmera

Vou ficar mais um pouquinho/ Para ver se acontece alguma coisa nessa tarde de domingo/ Hoje é o tempo preu ficar devagarinho/ com as coisas que eu gosto e que eu sei que são efêmeras/ e que passam perecíveis/ e acabam, se despedem, mas eu nunca me esqueço// Por isso eu vou ficar mais um pouquinho/ Para ver se eu aprendo alguma coisa nessa parte do caminho/ Martelo o tempo preu ficar mais pianinho/ com as coisas que eu gosto e que nunca são efêmeras/e que estão despetaladas, acabadas/ Sempre pedem um tipo de recomeço// Por isso vou ficar mais um pouquinho/ para ver se acontece alguma nessa tarde de domingo/ Vou ficar mais um pouquinho/ para ver se eu aprendo alguma coisa nessa parte do caminho.

Tulipa Ruiz

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Sobre independência...

Hoje, dando uma olhada aqui no blog vi a descrição que fiz do meu perfil na parte “Quem sou eu” que é a seguinte: Uma eterna sonhadora inveterada. Uma mulher preta guerreira, independente, bem resolvida, feliz e que ama viver a vida.

Daí comecei a refletir sobre o que pode significar ser uma mulher independente e quem sou atualmente.

É normal as pessoas imaginarem mulheres independentes como sendo aquelas que são exigentes, seguras com os sentimentos e relacionamentos, empenhadas, orgulhosas, influentes, ousadas, com condições financeiras favoráveis, autoritárias... Mas será que isso é sinônimo de independência???

Se for sob essa lógica, acho que não me encaixo nesses padrões definidos pela maioria, pois sou dependente de pessoas a minha volta, da família, dos amigos, do trabalho, das paixões que sinto... Sem essas coisas não funciono.

É, eu sei! Sou cheia de opiniões, de questionamentos, de curiosidades e de boa-vontade, mais também, as vezes fico carente e insegura como todo mortal. Tem dias que eu acho que o mundo vai me engolir e daí me sinto desprotegida. Nessas horas lembro-me da infância e do colo dos meus pais para correr na hora do medo...

Acho que ser uma mulher independente é se aceitar tal como é. É ser inteligente e organizada. É estar sempre em busca de conhecimento, de crescimento intelectual, espiritual e profissional. É ser sensual, mas sem usar a sensualidade como um meio para atingir objetivos. É ter humildade para saber que erra, mas que aprende com os erros. Ser mulher independente é ser livre para buscar paz.